terça-feira, 6 de julho de 2010

REFLEXÃO FINAL

Fazendo uma análise e reflexão sobre o meu percurso nesta Unidade Curricular, cabe-me dizer que procurei participar de forma correcta, responsável e positiva nas tarefas desenvolvidas no seio do grupo. Efectuei as leituras pedidas e procurei reflectir sobre as mesmas, dando contributos nos fóruns. Os momentos de  trabalho em  grupo, contribuíram para alargar horizontes e conhecer outras perspectivas. Dado que sou, em primeiro lugar educadora, considero que esta disciplina foi bastante interessante porque fez-nos recordar a análise psicológica dos adolescentes, forneceu-nos a perspectiva dos jovens sobre os media digitais, ao mesmo tempo que procurou situar-mo-nos no universo Nativo/imigrante digital. Alertou-nos também para os perigos do uso indevido de alguns média. Permitu conhecer as potencialidades dos médias na socialização dos adolescentes.


Relativamente às dificuldades sentidas, por vezes foi difícil conciliar a vida profissional com a de estudante, mesmo em regime parcial. Gosto particularmente daquilo que faço na minha área profissional (professora de Matemática e Ciências da Natureza do segundo ciclo do ensino básico) e faço-o sempre com empenho e dedicação. Sou perfeccionista, (de acordo com os meus queridos colegas de grupo) e reconheço também essa qualidade ou defeito dependendo da perspectiva, mas sou assim! :)
Por essa razão nem sempre foi possível acompanhar todos os fóruns com a regularidade que eu desejaria. Senti alguma dificuldade na construção do guião da entrevista utilizando a Wiki, tal como os meus colegas de grupo; Provavelmente por nunca ter trabalhado com um grupo tão alargado. Mas conseguimos encontrar os mecanismos adequados para ultrapassar os receios de ferir susceptibilidades.  O resultado acabou por ser satisfatório e conseguimos ter uma perspectiva dos jovens sobre o media.
Os aspectos positivos desta área curricular foram a diversidade de estratégias utilizadas  e excelente sequência dos temas propostos. Notou-se que havia um fio condutor ao longo do percurso desta unidade curricular. Gostei bastante!


Dado que sou professora e mãe, esta unidade curricular contribuiu para conhecer melhor e reflectir sobre a relação dos jovens com os medias e como estes podem condicionar o seu desenvolvimento pessoal e social. Alertou-me para a necessidade de discutir com os jovens o uso responsável dos média.  
Para finalizar esta reflexão, porque a Internet constitui o média favorito dos jovens adolescentes, gostaria de deixar esta mensagem sobre o uso responsável da Internet.



Porque cada vez mais, é preciso navegar em segurança, fica este registo vídeo para ajudar as famílias nesta nova forma de se relacionar na sociedade actual.

Actividade 4 - UTILIZAÇÃO SOCIAL DOS MEDIA DIGITAIS- A PERSPECTIVA DOS JOVENS

O trabalho apresentado por cada grupo, apesar de ter sido constituído por uma amostra muito pouco significativa, permitiu-nos reflectir relativamente à utilização social de diferentes media digitais. Verificaram-se aspectos comuns nas respostas que os entrevistados apresentaram.
Saliento os seguintes pontos comuns nos adolescentes entrevistados:
  • Têm acesso a computador, Internet e telemóvel;
  • Em média acedem à internet todos os dias, cerca de 2h-3h (quanto maior é a idade mais tempo passam na internet).
  • Usam as redes sociais;
  • Contactam com amigos, colegas e familiares;
  • Alguns usam nicknames, mas a maioria identifica-se com o nome;
  • São poucos os que já criaram um blogue ou site, mas quase nenhum está actualizado;
  • O aspecto de maior consenso verifica-se na ausência de controlo parental relativamente ao uso da internet pelos filhos.

Actividade 4 - Utilização social dos media digitais- A perspectiva dos jovens

Após diversas pesquisas achei pertinente destacar um vídeo que mostra o poder das redes sociais nas Campanhas Eleitorais como por exemplo a que levou Barack Obama à presidência dos Estados Unidos da América. De facto as redes sociais podem ser usadas de forma positiva.....




Esta notícia prende-se com um exemplo concreto que ocorreu recentemente em Portugal e que mostra o poder negativo e mesmo potencialmente destruidor no uso das redes sociais no mercado de capital.

http://economico.sapo.pt/noticias/o-bcp-e-o-poder-das-redes-sociais_94304.html


Pareceu-me importante apresentar também, as conclusões de um estudo da Morgan Stanley sobre a relação dos media com os adolescentes. 
O responsável pelo relatório (Matthew Robson) tem apenas 15 anos e é estagiário nesse banco de investimento.
Um facto ressalta neste estudo, os adolescentes consomem mais do que podem pagar ou querem pagar e, não gostam do Twitter.

1) Televisão
O futebol e as séries são os programas mais procurados. No entanto, são muito selectivos e apenas seguem na televisão as principais. Mostram-se adeptos da TV sem anúncios.

2) Imprensa
Não têm tempo nem paciência para ler jornais devido à sua dimensão e preço. Preferem optar pelos resumos na internet. Os jornais gratuitos são a única excepção.

3) Rádio
Os jovens afastam-se cada vez mais das rádios devido às playlists escolhidas por outros e bastante repetitivas. Preferem optar pelos sites de internet que permitem a criação de um perfil único para cada utilizador.

4) Jogos
Segundo este estudo, os jogos para PC perdem claramente para as consolas. Dificuldades de instalação e facilidades em piratear são os principais argumentos.

5) Marketing
Pop-ups e banners nos sites e formatos tradicionais como os outdoors são quase sempre ignorados. Apenas o marketing viral é bem acolhido, graças ao humor que normalmente é a base destas campanhas.

6) Música
A maioria dos adolescentes recusam-se a pagar pela música. A esmagadora maioria faz downloads ilegais e considera que o preço praticado por sites como o iTunes (0,99 euros por uma música) é excessivo.

7) Cinema
Têm o hábito de ir ao cinema não pelo filme em si, mas pela experiência de ir com os amigos. Ao contrário da música, o download ilegal de filmes não acolhe muitos adeptos, visto a sua qualidade ser normalmente muito duvidosa.

8) Internet
O autor do estudo considera que o Twitter é apenas uma moda, uma vez que os jovens criam as suas contas mas não as actualizam. Não vêem nenhuma mais-valia na sua utilização. Preferem os telemóveis para escrever mensagens curtas e dá-las a conhecer aos seus amigos. Por outro lado, o Facebook tem uma maior importância, uma vez que quase todos os jovens têm a sua própria página que é visitada cerca de quatro vezes por semana.

Para o estudo completo clique aqui

Actividade 4 - UTILIZAÇÃO SOCIAL DOS MEDIA DIGITAIS- A PERSPECTIVA DOS JOVENS

Objectivo:  Identificar as marcas identitárias da adolescência em sites sociais de jovens.

Competências:  Analisar e interpretar a perspectiva juvenil acerca da utilização social dos media digitais.

Tarefas:

1º)  Constituição livre de grupos (máximo de 4 elementos por grupo);

2º) Construção conjunta de um guião de entrevista sobre a utilização social dos media digitais (msn, blogues, redes sociais, etc.),  procurando explorar a perspectiva dos jovens sobre as grandes questões que habitualmente se colocam sobre esta utilização;

3º) Entrevistas a 2/3 jovens, com idade compreendidas entre os 11 e os 17 anos  (prim@s, sobrinh@s, alun@s, ou simplesmente desconhecid@s); análise e interpretação dos conteúdos das entrevistas (suportada por excertos das entrevistas) com apresentação de um pequeno texto de conclusões (4/5 pág.);

4º)  Disponibilização no Fórum, do produto do trabalho de grupo;

5º) Discussão conjunta no Fórum das análises realizadas.

Recursos de aprendizagem utilizados:


Huffaker, D.; Calvert, S. (2008). Gender, Identity and Language Use in Teenage Blogs. In Journal of Computater-Mediated Comunication, 10 (2), article 1.

Schmitt, K.; Dayanim, S.; & Matthias, S. (2008). Personal Homepage Construction as an Expression of Social Development. In Development Psychology, 44 (2), 496-506.

Schoen-Ferreira, T.; Aznar-Faria, M.; Silvares, E. (2003). A construção da identidade em adolescentes: Um estudo exploratório. In Estudos de Psicologia, 8 (1), 107-115.

Weber, S.; Mitchell, C. (2008). Imaging, Keyboarding, and Posting Identities: Young People and New Media Technologies. In Youth, Identity, and Digital Media: 25-47.

Stern, S. (2008). Producing Sites, Exploring Identities: Youth Online Authorship. In Youth, Identity, and Digital Media: 95-117.

Boyd, D. (2008). Why Youth Social Network Sites: The Role of Networked Publics in Teenage Social Life. In Youth, Identity, and Digital Media: 119-142.

Stald, G. (2008). Mobile Identity: Youth, Identity, and Mobile Communication Media. In Youth, Identity, and Digital Media: 143-164.

Goldman, S.; Booker, A., & McDermott, M. (2008). Mixing the Digital, Social, and Cultural: Learning, Identity, and Agency in Youth Participation. In Youth, Identity, and Digital Media: 185-206.

Yardi, S. (2008). Whispers in the Classroom. In Digital Youth, Inovation, and the Unexpected: 143-164.

http://cies.iscte.pt/destaques/documents/E-Generation.pdf




Reflexão sobre as tarefas:

Manteve-se o grupo de trabalho por considerarmos que é um grupo heterogéneo e complementar.
A construção conjunta do guião da entrevista foi realizada numa Wiki por sugestão de uma colega deste Mestrado. A proposta foi de imediato aceite pela docente da disciplina e iniciaram-se os trabalhos. Houve de início, alguma dificuldade em contruir de forma colaborativa o guião. No que me toca (em conversa com colegas de grupo que tinham a mesma opinião) houve alguns receios em "apagar" aquilo que tinha sido escrito por outros colegas. Foi de início uma tarefa algo sinuosa, mas que acabou por contribuiu para encontrar-mos as soluções mais adequadas às dificuldades que enfrentávamos. Trabalhar de forma colaborativa, em grande grupo, com um grupo heterogéneo e que não conhecemos pessoalmente, constituiu um desafio par todos nós que acabou por dar frutos. Após ter conseguido um guião conjunto, iniciou-se a organização das tarefas para a realização das entrevistas no terreno. Os elementos do grupo que trabalhavam directamente com jovens em meio escolar (Alcino, Áurea e Nuno), efectuaram uma entrevista cada e gravaram-na. Efectuaram-se as respectivas transcrições e a colega Luísa iniciou a análise das três. Depois continuamos a análise conjunta, usando um googledoc e  finalizamos o texto.O resultado final foi apresentado num site elaborado para o efeito.


Trabalho final resultante das entrevistas realizadas:


http://paulopes.com/MDSjovensMedia.htm

Actividade 3 - MEDIA DIGITAL E CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE SOCIAL

O texto que traduzimos foi elaborado com base num trabalho de investigação conduzido por Danah Boyd, sobre o papel das redes públicas na vida social dos adolescentes nos Estados Unidos.


Aponto aqui as principais conclusões desse estudo:


O público representa um papel fundamental no desenvolvimento de cada indivíduo, é o contexto privilegiado para a formação e a exposição da identidade social. As normas e regras sociais são reforçadas ou reprimidas perante o público, sendo que a sua aprendizagem tem de se realizar através de actuações de tentativa e erro. A criação da identidade desenvolve-se, em grande parte, através da interacção com os outros. O adolescente tem de gerir as impressões e as opiniões dos outros, de forma a começar a se inserir em determinado mundo social. Este processo deve ser percorrido por cada jovem, mas os adultos são fundamentais na mediação deste processo. Não podemos pensar que conseguimos proteger os jovens da vida pública, temos de os deixar cometer erros e aprender com esses erros, mas sermos capazes de ser guias deste desenvolvimento.

Actividade 3 - MEDIA DIGITAL E CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE SOCIAL

Descobri esta entrevista feita a um adulto que é professor universitário na área das tecnologias multimédia e confirma a influência dos média na vida dos jovens. Os jovens usam os média para comunicar e relacionar-se em primeiro lugar, estão de certa forma dependentes dos media digitais. Estes fazem parte integrante das suas vidas, são nativos digitais.  Pareceu interessante partilhar o ponto de vista de um adulto que lida diariamente com adolescentes. Apesar de não ser um estudo considerado válido, pareceu-me interessante, porque veio apoiar de certa forma o que os nossos entrevistados disseram nas entrevistas que efectuamos.A influência dos media na vida dos jovens - entrevista

Actividade 3 - MEDIA DIGITAL E CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE SOCIAL





Objectivo: Reconhecer a influência dos media digitais na construção da identidade social dos jovens.

Competências: Analisar e discutir o papel dos media digitais na construção da identidade social dos jovens.

Tarefas:

1º) Constituição livre dos grupos de trabalho, dando indicação no respectivo Fórum de Trabalho dos nomes dos elementos (máximo de 4 elementos);
2º) Leitura e elaboração de uma síntese do texto, com base nos seguintes aspectos:
  • apresentação do estudo;
  • objectivos do mesmo;
  • principais resultados e
  • principais conclusões;
3º) Apresentação no Fórum das sínteses;
4º) Discussão conjunta das sínteses apresentadas pelos diversos grupos.


Reflexão sobre as tarefas:

Dado que já tinha trabalhado com a Luísa, o Alcino e o Nuno, e o trabalho tinha corrido bem, resolvemos manter o grupo.
Cada elemento do grupo procurou traduzir um parte do texto escolhido para análise. Fomos procurando esclarecer as nossas dúvidas nas traduções através do Messenger e construímos a síntese recorrendo a um Googledoc. No final, o Nuno teve a ideia de construir um site onde colocássemos o resultado do nosso trabalho de forma clara e para todos mesmo :) 

Trabalho de grupo:
http://www.paulopes.com/MDS1.htm

Recurso de aprendizagem usado na análise:

Boyd, D. (2008). Why Youth  Social Network Sites: The Role of Networked Publics in Teenage Social Life. In Youth, Identity, and Digital Media: 119-142.




Outros recursos:


http://cies.iscte.pt/destaques/documents/E-Generation.pdf